"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Mudando um hábito destrutivo

caféderramado

Recebi o seguinte texto por e-mail e o considerei muito útil para partilhar com aquelas pessoas que não tem paciência ou tolerância ou que são “pavio curto”. Mais um subsídio para todo aquele que está interessado em ampliar seu autodomínio e sua consciência.

Eu reconheço que não é fácil criar este novo hábito, mas é perfeitamente treinável, como tudo mais; basta persistir. E garanto a vocês: sua vida muda e para muito melhor. Eu o afirmo porque consegui realizar essa mudança de atitude em mim. Resumindo, é uma mudança de percepção.

O princípio 90/10

Que princípio é esse?

Os 10% da vida estão relacionados com o que se passa com você, os outros 90% da vida estão relacionados com a forma como você reage ao que se passa com você.

O que isto quer dizer?

Realmente, nós não temos controle sobre 10% do que nos sucede.

Não podemos evitar que o carro enguice, que o avião atrase, que o semáforo fique no vermelho.

Mas, você é quem determinará os outros 90%.

Como?

Com sua reação!

Exemplo: você está tomando o café da manhã com sua família. Sua filha, ao pegar a xícara, deixa o café cair na sua camisa branca de trabalho. Você não tem controle sobre isto.

O que acontecerá em seguida será determinado por sua reação.

Contrariado e resmungando, você vai mudar de camisa.

Quando volta, encontra sua filha chorando mais ainda e ela acaba perdendo o ônibus para a escola.

Sua esposa vai para o trabalho também contrariada.

Ao chegar atrasado ao escritório, você percebe que esqueceu sua maleta. Seu dia começou mal e parece que ficará pior. Você fica ansioso para o dia acabar e quando chega em casa, sua esposa e filha estão de cara fechada, em silêncio e frias com você.

Por quê?

Por causa de sua reação ao acontecido no café da manhã.

Pense, por que seu dia foi péssimo?

a) por causa do café?

b) por causa de sua filha?

c) por causa de sua esposa?

d) por causa da multa de trânsito?

e) por sua causa?

A resposta correta é a da letra "e".

Você não teve controle sobre o que aconteceu com o café, mas o modo como você reagiu naqueles 5 minutos foi o que deixou seu dia ruim.

O café cai na sua camisa, sua filha começa a chorar e então você diz a ela, gentilmente: "está bem, querida, você só precisa ter mais cuidado".

Depois de pegar outra camisa e a pasta executiva, você volta, olha pela janela e vê sua filha pegando o ônibus.

Dá um sorriso e ela retribui dando adeus com a mão.

Notou a diferença?

Duas situações iguais, que terminam muito diferentes. Por quê? Porque os outros 90% são determinados por sua reação.

Aqui temos um exemplo de como aplicar o Princípio 90/10.

Se alguém diz algo negativo sobre você, não leve a sério, não deixe que os comentários negativos lhe afetem, reaja apropriadamente e seu dia não ficará arruinado.

Como reagir a alguém que lhe atrapalha no trânsito?

Você fica transtornado? Golpeia o volante? Xinga? Sua pressão sobe?

E o que acontecerá se você perder o emprego?

Vai ficar preocupado, angustiado, perder o sono e adoecer?

Agora que você já conhece o Princípio 90/10, utilize-o.

Você se surpreenderá com os resultados e não se arrependerá de usá-lo.

Texto atribuído a Stephen Covey, autor de Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes.

Imagem: flickr.com

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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A paranoia da atualidade

paranoia

Uma tarde dessas resolvi jogar meu tempo fora e assisti a alguns vídeos postados no Youtube sobre conspirações, Illuminatis e etc.

À medida que ia assistindo, meu queixo ia caindo. .. rsrs Oh, céus quanta baboseira, quantas situações agrupadas para “demonstrar” seus “reais” significados, quantas palestras e entrevistas com “canalizadores” expondo suas teorias relatadas como fatos (muitas delas com incrível aparência de verdade).

Realmente os humanos são mestres em distorcer as coisas, inventar com aparência de verdade e tirar conclusões apressadas. Quanto mais famoso o apresentador, mais as pessoas acreditam nele. Um exemplo é David Icke (que disse: eu sou um canal para o espírito de Cristo) que tem legiões de seguidores pelo mundo.

Já assisti vídeos desse senhor e, no meio de muita informação coerente, à qual poucos têm acesso, ele inclui sua obsessão: alertar o mundo sobre os anunakis e sua agenda trevosa em relação a nós humanos. Para confirmar suas palavras ele se vale bastante das pesquisas do escritor Zecharia Sitchin, de quem já li 4 livros. Os livros de Zecharia são bem interessantes, mas embora leiga em Astrofísica e Astronomia não considerei críveis suas conclusões a respeito da formação da Terra, bem como também achei absurda sua conclusão de o Homo Sapiens ser produto das experiências genéticas dos anunakis. Faltou a esse pesquisador outro tipo de informações, provenientes de outras fontes.

Não nego nem afirmo a existência dos anunakis, se a tradução do sumério, de Zecharia, estiver correta é bem provável que eles tenham vindo à Terra, mas continuo declarando que somos todos muito ignorantes para poder sair afirmando coisas das quais não podemos ter certeza. Dediquei mais de vinte anos à pesquisa da verdadeira história da humanidade, juntando pecinhas de um enorme quebra-cabeças que ao final continuava incompleto. Aí desisti. Não temos como montar as peças todas, falta-nos a ”prova dos noves fora”. rsrs Vou continuar com a minha ignorância, (fazer o quê?) mas sempre usando uma análise crítica de toda nova informação que chega ao meu conhecimento e, principalmente, sendo lúcida.

Não só Icke, mas muitos atualmente creem que existe um poder central que comanda todos os eventos no planeta. Seriam os Illuminati. Realmente essa sociedade secreta existiu (talvez ainda exista), mas o que as pessoas não se dão conta é que para esse tipo de organização conseguir atingir seus objetivos precisa continuar - secreta! Hoje ela está pra lá de exposta, bem como o Clube Bilderberg, os Skull and Bonés, os não tão secretos Clube de Roma e o CFR.

Aqui não estou negando a existência de uma elite global, mas sim o fenomenal poder que estão lhe atribuindo. Anteriormente à existência da internet até podia ser verdade o que dizem as teorias conspiratórias, mas agora? Está tudo na web: desde a existência dos Illuminati até os projetos que “eram” secretos como os Montauk e Haarp.

O que fez o meu “queixo cair” quando via os vídeos foi o ponto a que chegou a “viagem” já que evangélicos insanos resolveram aderir à crença de um Governo Mundial Satânico (como se satã existisse). Num vídeo é mostrado (com fotos) pessoas famosas fazendo um gesto com a mão que seria dos adoradores do diabo. Entre elas, Barak Obama, John Lennon, o papa e, ... pasmem, a nossa Xuxa Meneghel. É mole?

A paranoia e a “viagem na maionese” chegaram ao auge.

Outra demonstração da paranoia: o “poder oculto” na internet. Já vi postagens e vídeo a este respeito. A web é controlada? Lógico que é. Só ingênuos não sabem disso. Os algoritmos dos Google ou Yahoo da vida sabem exatamente o que pesquisamos e com que frequência o fazemos, os provedores sabem quais páginas visitamos, o que baixamos da internet e se são conteúdos legítimos ou que infringem direitos autorais. Tudo é controlado por alguma organização, seja esta nacional ou internacional. Só que isso não é novidade, organizações espiãs como CIA, a antiga KGB (que agora deve ter outro nome), NSA, Mossad, e sei lá mais quais outras existentes, já bisbilhotam a vida alheia há bastante tempo e desde que temos satélites orbitando o planeta ninguém pode dizer que alguém tem vida cem por cento privada ou oculta.

Isso incomoda? Certamente àqueles que tem o que esconder, sim, mas de resto, ao indivíduo comum, que anda na linha, dificilmente causará transtorno.

Já declarei aqui no blog que a humanidade vive numa hipnose coletiva, contudo é por não ser consciente e não porque um grupo nos esteja hipnotizando. Concordo que é bom informar os desavisados desde que com isso não se promova o medo e a paranoia. De fato o que estão fazendo atualmente na web é participar do jogo daqueles que nos querem ver como meros peões de tabuleiro e vibrando na frequência do medo (muito útil aos chamados trevosos).

Por favor, lembrem que tudo aquilo a que resistimos, persiste e que pensamentos massivos sobre determinado assunto muito facilmente o levará a se manifestar na realidade.

Imagem:www.tempodoapocalipse.com/

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sábado, 19 de novembro de 2011

Sexo, momento de prazer ou de intimidade?

sexoromano

O ser humano tem sérias restrições quanto à intimidade, são poucas as pessoas que a conhecem realmente e desfrutam dela com outro ser.

Aliás, você sabe o que é intimidade, mesmo?

Intimidade é desnudar-se frente ao outro e não estou falando de tirar a roupa! É desnudar o seu âmago, o seu interior ou, como disse Eric Berne, “é a relação entre as crianças internas de duas pessoas de forma descontraída e livre”.

O ato sexual é considerado a forma mais íntima das relações humanas, mas via de regra não é isso que acontece.

Nada foi tão desvirtuado e deturpado na cultura humana quanto o sexo e, na sociedade moderna, tão superestimado.

Infelizmente as religiões, principalmente a cristã, decretaram que essa atividade natural e instintiva era algo sujo e pecaminoso a não ser que fosse realizado por duas pessoas e de gênero sexual diferente e sacramentada pelo casamento.

Tenho perfeita compreensão dos motivos que levaram as religiões institucionalizadas a tomarem tal decisão, mas o que deveria ser uma forma de evitar a deturpação, com a consequente banalização do ato sexual, acabou se tornando um estigma altamente negativo.

Todos sabem que o proibido sempre se torna mais atraente e ... desejável, portanto a partir da proibição do livre exercício da sexualidade os humanos passaram a supervalorizar o sexo.

Como já se vivia no regime patriarcal e, apesar do homem ser mais sexólatra que a mulher, a esta coube o ônus da culpabilidade. Isto é bem constatado nas fogueiras da Idade Média e ainda hoje em países onde a mulher deve esconder o rosto e os cabelos. Sem falar naqueles onde ainda (século 21) é praticada a extirpação do clitóris. Aff!!!

Com todos os preconceitos, tabus, deturpações e hipocrisia sobre a sexualidade chegamos à era atual, onde após o movimento feminista, (também desvirtuado) finalmente “o sexo liberou geral”.

Vivemos hoje, em se falando de sexo, uma época tal e qual a antiga Roma dos Césares, onde a promiscuidade é lugar comum.

Bom, mas o que é que um indivíduo procura no intercurso sexual? Aquilo que, paradoxalmente, é o mais ansiado e evitado ao mesmo tempo nas relações – a intimidade.

A intimidade é almejada porque é a forma mais completa de uma relação a dois, mas também é evitada por causa do medo. O medo de se abrir, de ser espontâneo, de deixar cair as máscaras.

Essa busca insana acaba levando as pessoas ao sexo vazio, puramente genital, que não preenche os anseios mais íntimos, o emocional ou os sentimentos. A falta de preenchimento leva à busca de um novo contato e mais outro e mais outro na ânsia de conseguir “aquilo” que está faltando na vida do indivíduo nessa específica área.

Busca inglória e frustrante.

Como o sexo foi deturpado na sua essência e tornou-se ineficaz na sua consumação desencadeou um comportamento engraçado (como vários outros dos humanos rsrsrs): as pessoas falam muito sobre sexo. A mídia está sempre apresentando alguma matéria a respeito. Atualmente a internet diariamente contém postagens sobre o assunto seja através de vídeos, tirinhas cômicas ou textos.

Já que não conseguem se realizar sexualmente os humanos falam a respeito como forma de compensação. Triste isso, não?

E a intimidade? Foi pro brejo!!!

Ah, mas a ânsia pela intimidade continua, um exemplo típico é o sucesso das redes sociais, onde as pessoas ficam postando o que estão fazendo ou pensando (acreditando que alguém se interessa por isso) revelando, muitas vezes, seus mais íntimos pensamentos, procurando desta forma uma pseudo intimidade já que se sentem “seguras” pelo anonimato virtual (mesmo que identificados pelo nome e foto não há contato real).

Segundo Eric Berne, desde a tenra infância somos treinados a evitar a intimidade porque os pais ensinam às crianças que é descortês encarar as pessoas. Segundo ele, se quisermos ter intimidade com alguém, basta ficar em frente ao outro durante 20 minutos, aproximadamente, olhando-o nos olhos (e vice-versa) e conversando.

Quando praticava a Análise Transacional numa Clínica constatei a eficácia deste exercício.

Concluindo, embora exista a crença de que uma pessoa bem sucedida sexualmente é aquela que tem relações sexuais frequentes, isto na realidade não é sinônimo de realização sexual e se for com parceiros diferentes é sinônimo, sim, mas de promiscuidade.

Expansão de consciência é ser consciente de tudo o que afeta o ser humano, incluindo o sexo. Reflita a respeito.

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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

República das Bananas?

brasão

Ontem, feriado nacional, comemorou-se os 122 anos da República Federativa do Brasil.

Para aqueles que não sabem, república é uma palavra que etimologicamente vêm da expressão latina: “res publica” que quer dizer coisa do povo ou coisa pública.

De acordo com o conceito ciceroniano, res publica serve para indicar o princípio subjacente ao povo ou a uma comunidade que habita um território comum. Assim, o "bem" ou "interesse comum" deve ser concretizado no âmbito da ação política. O bem comum representa o que é público, ou seja, pertencente a todos em comum, em contraposição aos interesses particulares próprios da vida privada ou doméstica.” (Renato Cancian em http://educacao.uol.com.br/filosofia/)

Como se vê pela etimologia da palavra, em nosso país não há muito que se comemorar nesse dia, pois infelizmente a coisa pública virou “coisa privada” nas mãos de alguns políticos ou coisa vandalizada nas mãos de pichadores e detratores dos bens públicos.

República também é a palavra que denomina uma forma de governo na qual o chefe do Estado é eleito pelos cidadãos ou seus representantes, tendo a sua chefia uma duração limitada. E aqui vamos nos deter na palavra cidadão, aquele que é “membro de um Estado-Nação, dotado de direitos e capaz de interferir na produção do Direito” (Luis Carlos Bresser Pereira em Revista de Filosofia Política)

Lendo essa última frase você enxerga um cidadão brasileiro? Eu não. Em nosso país o termo cidadania está em desuso, pois

Existe uma tendência a excluir a relação direta entre política e cidadania, criando uma rejeição curiosa à política e valorizando cidadania, como se fossem termos diversos. Há um vínculo inclusive de natureza semântica entre as duas palavras, que, objetivamente, significam a mesma coisa. A noção de política está apoiada num vocábulo grego, polis (cidade) e cidadania se baseia em um vocábulo latino correspondente, civitatem. Embora a origem etimológica seja diferente, os dois termos propõem que se pense na ação da vida em sociedade (ou seja, em cidade). Isso significa que não é possível apartar ou separar os conceitos.” (Mario Sergio Cortella em http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_revistas/revista_educacao/)

Ou seja, separamos os conceitos cidadania e política porque

Atualmente quando se pensa em política, logo vem a mente um conceito distorcido da definição refletida, ou seja, a idéia de que a política se restringe aos homens que governam ou que exercem algum tipo de influência ou poder sobre o país. Pela infame imagem de nosso país, de governantes corruptos, a sociedade tem desenvolvido uma visão crítica positiva, mas de ponto errado, por considerar a política como o palco de baixarias e personagens baixos. Todavia a política é uma virtude, contrária do que o senso comum discute, esta ciência tem como principal função dar ao cidadão o exercer de seus direitos, englobando a busca de um mundo justo e dos seus valores, éticos e morais. Assim como Sócrates e Platão já cultuavam a certeza de que só se constrói uma sociedade que visa o bem geral através da política. ... Uma das melhores definições de política e do homem como um animal político é a de Aristóteles, que diz que todo homem é essencialmente destinado à vida em comum na polis (cidade) e somente aí se realiza como ser racional. É um animal político por ser exatamente um animal de linguagem, sendo a vida ética e a vida política artes de viver segundo a razão.” (Karla J. em http://fisolofar.blogspot.com/)

Ser cidadão e ser político, além de um direito nosso, devem constituir-se em conceitos apropriados por todo brasileiro, independente do quão corruptos e caras de pau nossos “representantes” estão.

É muito fácil colocar a culpa das mazelas brasileiras nos políticos e nos abstermos de qualquer responsabilidade. A partir do momento em que delegamos a tarefa de governar ou administrar a “res publica”, a algumas pessoas somos indiretamente responsáveis pelo que elas fazem. Isso também é ser cidadão.

Vamos começar a ser mais conscientes politicamente, a deixar de lado a preguiça e o descaso. Podemos começar exercendo esse direito nas reuniões de condomínio, por exemplo (semana passada fui à uma onde estavam presentes duas pessoas somente: a síndica e eu).

Aristóteles já dizia que o homem é um animal político e que era de sua natureza viver na cidade.

O simples som é uma indicação do prazer ou da dor, estando portanto presente em outros animais, pois a natureza destes consiste em sentir o prazer e a dor e em expressá-los, mas a linguagem tem como objetivo a manifestação do vantajoso e do desvantajoso e portanto do justo e do injusto. Trata-se de uma característica do homem ser ele o único que tem o senso do bom e do mau, do justo e do injusto, bem como de outras noções deste tipo. É a associação dos que têm em comum essas noções que constitui a família e o estado." (Aristóteles em Política)

Por que será que existe a frase: “cada povo tem o governo que merece”? rsrs

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sábado, 12 de novembro de 2011

Sentir o som?

som

Expandir a consciência também tem a ver com ser mais consciente do próprio corpo e de suas reações. É incrível como, ao conhecermos melhor o nosso corpo, evitamos muitos desconfortos como dores de estômago ou garganta, resfriados, etc. Eu já o comprovei há um bom tempo

Navegando por esta bendita web, encontrei um texto singular e apropriado para compartilhar aqui com vocês sobre um dos nossos sentidos corporais. Acrescento que, além de sentir o som, também podemos visualizar sua forma/s, mas isso já é bem mais complicado, rsrs acontece só depois de já se ter desenvolvido a consciência cioporal.

Sentir o som?

“Escutar não é mais como costumava ser.

Uma vez, participei de uma sessão demonstrativa de cantoterapia, e essa experiência proporcionou uma descoberta muito útil relacionada à forma como percebemos os sons.

Os outros participantes e eu ficamos deitados em colchonetes, em círculo. A terapeuta tinha um aparelho de som e, após um relaxamento, reproduziu a música Esquadros (aquela do refrão Pela janela do quarto/Pela janela do carro/Pela tela, pela janela/Quem é ela, quem é ela?/Eu vejo tudo enquadrado/remoto controle), cantada por Belchior, solicitando que observássemos onde as vibrações da voz do cantor eram sentidas, predominantemente. No meu caso, notei ressonâncias na altura do peito. A terapeuta em seguida tocou a mesma música, desta vez cantada por Gal Costa. Curiosamente, desta vez as vibrações da voz foram sentidas por mim na região da cabeça. Em uma terceira execução da mesma música, desta vez cantada por Adriana Calcanhoto, notei a ressonância também na cabeça.

A terapeuta solicitou-nos então que nos lembrássemos da primeira experiência relacionada à nossa mãe. Não me lembro de muitas coisas de quando era pequeno, e achei que nem ia conseguir, mas me veio uma lembrança bastante curiosa: eu estava em um canto e minha mãe gritando algo comigo, e o que me incomodava não era propriamente o que ela estava dizendo e sim as vibrações do som de sua voz em minha cabeça.

Minha percepção, posteriormente reforçada por outras experiências, foi de que não apenas ouvimos os sons, também os sentimos. Escutamos a voz e a interpretamos, incluindo o tom, ao mesmo tempo em que reagimos às vibrações provocadas pelas características particulares do som das vozes. Ou pelo menos, podemos reagir. Não é somente a região do corpo onde sentimos as vibrações que define nossa reação; pelas minhas observações, isso depende também do nosso estado no momento e de alguma outra característica das vibrações, que não imagino quais sejam.

A maior novidade aqui não é exatamente reagir à vibração; podemos notar isso facilmente quando próximos de uma caixa de som e um contrabaixo ou bateria faz nosso peito vibrar. O ponto aqui é que podemos reagir a vibrações inconscientes, isto é, que não estamos notando, e isso pode nos levar a conclusões inadequadas. A partir dessa consciência, comecei a notar e compreender vários incômodos que por desconhecimento estava ligando a pessoas, e não às vibrações de suas vozes (sublinhado meu). Por exemplo, o incômodo causado pela voz de uma criança falando alto e o fato de não gostar de certos cantores ou músicas. Se você às vezes se sente incomodado com alguém mastigando certas coisas crocantes, preste atenção nas vibrações em sua cabeça!

As vantagens que percebo em fazer essa distinção são várias:

- Distinguindo uma origem mais precisa para a reação que temos, evitamos desgostar da pessoa inteira, somente do tom de sua voz em certos momentos. Mais distinções, mais opções.

- Conhecendo o problema, podemos eventualmente ter a escolha de ignorar as sensações e prestar mais atenção ao que a pessoa está dizendo ou ao que está acontecendo, evitando distrair-nos com percepções não relevantes para nossos propósitos.

- Praticamos um pouco mais da habilidade de percepção corporal, um dos fatores relacionados à intensidade dos prazeres sensoriais.

- Podemos apreciar ainda mais as vozes das quais gostamos: o fato é que adoramos a ressonância daquela voz maravilhosa em nosso corpo!”

Virgílio Vasconcelos Vilela

Fonte: http://www.possibilidades.com.br/

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Alegria, alegria ... e sinta-se melhor


Outro dia fui chamada de esquizofrênica!?

Pois é, se ser esquizofrênica é: jamais saber em que dia da semana ou do mês está; procurar se manter o mínimo possível dentro do sistema; acreditar que a humanidade tem jeito; ser espontânea quando os outros acham que deveria ser “politicamente correta”; ter a certeza de que seres evoluídos (mestres ascensos) estão nos ajudando em nosso aprendizado humano; encontrar alegria e encantamento nas pequenas e pueris coisas, ao invés de consumir tudo que pode (e não pode) com o cartão de crédito; acreditar que outro tipo de sistema financeiro é possível e não o selvagem em que vivemos, então eu sou lelezinha mesmo. rsrs

Agora, preciso reconhecer que tenho desejos utópicos, sim. Por exemplo, eu gostaria que as situações mostradas nos dois vídeos abaixo se tornassem realidade na vida de todo ser humano, pelo menos uma vez por semana ...

Quando expandimos a consciência conseguimos perceber a vital importância de sentimentos como - a alegria.

Estamos vivendo atualmente num mundo caótico e violento, então agora, deem uma pausa, assistam e curtam momentos de pura alegria, esse nosso precioso dom divino.

Imagem: portalangels.com

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O mito do herói ou a mania de ser bonzinho

superman

Herói, aqui entendido, como aquele que só realiza boas ações e não aquelas proezas hollywoodianas.

Muitas vezes fico me perguntando como será a vida daqueles que creem firmemente que devem ser bonzinhos o tempo todo (as maiores vítimas são os condicionados pelas religiões). Deve ser um inferno, pois se até Jesus chicoteou os vendedores do templo, o que sobra para nós? rsrs

Todos nós, sem exceção, temos o nosso lado sombrio ou como dizem: negativo.

Por que os filmes de ação, com muitas mortes, fazem tanto sucesso? Não seria uma forma socialmente aceita e subliminada de realizarmos as nossas fantasias agressivas?

Pense bem, durante o desenrolar do filme você torce para o mocinho vencer o bandido e quando finalmente ele o mata, você não sente uma satisfação, um alívio? Pois é! ...

Ah, mas filme é ficção, não acontece de verdade. Sim, suas fantasias agressivas também não, elas se resolvem através do “Duro de Matar’ ou do “Homem Aranha”. E assim todo mundo fica em paz com suas consciências de pessoas “boazinhas”. ...

Estou sendo cínica? Não, só estou sendo realista e esclarecendo como somos realmente – sem as máscaras.

Entre no ambiente de qualquer congregação de cunho espiritual ou religioso (espíritas, esotéricos, evangélicos, católicos, etc.). Como se portam as pessoas ali reunidas? Eu digo: todos têm uma expressão amável no rosto, alguns sorrindo. Você crê, realmente, que todos ali são anjos de candura?

Se o crê, você é muito ingênuo/a.

Muitos deles quando voltam para suas casas vão brigar com o/a esposo/a ou com o/a filho/a e descontar neles uma raiva contida, talvez do líder espiritual que lhe chamou a atenção “injustamente” ou daquele crente que não deu o dízimo (criatura avara!). rsrs

Ser bonzinho é um dos mais fortes condicionamentos que temos. Desde a infância os pais já o ensinam aos filhos e os repreendem ou castigam quando não o são.

Observem, por exemplo, o mais famoso de todos os heróis, Superman, chega a ser irritante de tão bonzinho que é; quase “perfeito”. A humanidade venera os bonzinhos, vê neles a realização de sua autoimagem idealizada (falsa e que necessita de máscaras).

A essa altura você deve estar se perguntando: então ser bonzinho é ruim, devo ser mauzinho? Não, esse raciocínio só demonstra a dualidade em que vivemos: bom-mau, certo-errado, preto-branco, etc. Toda experiência humana precisa ser polarizada. Foi assim que o aprendemos e fomos condicionados a acreditar.

Mas não precisa ser assim.

Não estou dizendo que você deve deixar de ser correto, íntegro, honesto, caridoso humanitário ou o que seja. O que quero é expandir sua consciência para que enxergue que você é tudo: bonzinho-mauzinho, honesto-desonesto, manso-agressivo e daí por diante. Isso não faz de você um ser mau, o faz simplesmente humano. Um humano que está em processo de aprendizagem – aprender a ser consciente mesmo!

Conforme vamos expandindo nossa consciência, boas atitudes e bons comportamentos passam a ser reações naturais, compreendemos e aceitamos o que julgamos ser nossas “imperfeições”.

Não precisamos mais ser hipócritas porque sabemos que não somos cem por cento bons, mas também não somos cem por cento maus.

Conforme a consciência se expande, não vemos mais a necessidade de vingar uma ofensa, por exemplo, até porque se ela não nos atingiu, que mal fez?

Não vemos mais a necessidade de humilhar o outro (isso é decorrente de insegurança e/ou baixa autoestima) porque sabemos quem somos – um ser divino e, como tal, grandioso.

Com o desenvolvimento da consciência, compreendemos que uma boa ação só é válida se não causou mal a quem a perpetrou. O conceito de auto-sacrifício foi inventado pelas religiões, jamais o seria por um Criador amoroso e benevolente.

Enfim, resumindo, essa história de “ser bonzinho” é uma das máscaras que muitos usam para encobrir suas percepções sobre si mesmo de características que consideram reprováveis.

E os heróis, por que são considerados mitos? Porque não existem realmente. (Falei o óbvio, dãh) rsrs

Imagem: blogdomikenino.blogspot.com

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